Tiago Esteves
TestemunhosNeste testemunho você leitor poderá mergulhar em um mar de palavras escritas especialmente por Tiago Esteves e conhecer mais sobre esse missionário que está indo rumo a Ásia Central!
Observem as aves do céu: não semeiam nem colhem nem armazenam em celeiros; contudo, o Pai celestial as alimenta. Não têm vocês muito mais valor do que elas?
Mateus 6:26
Meu nome é Tiago Esteves. Nasci e cresci numa família cristã e desde pequeno sempre tive muito contato com missões, ouvindo histórias de missionários que eram apoiados pela igreja, e em casa, com as experiências das viagens missionárias que meus pais e tios já tinham participado.
Lembro que, mesmo eu sendo bem novo, essas histórias me impactaram muito, e me fizeram sonhar com a ideia de um dia servir a Deus dessa forma também! Com o tempo, isso tudo foi sendo deixado de lado e guardado lá no fundo, junto com outros “sonhos de criança”… Mas Deus não deixou que essa chama se apagasse totalmente.
Em 2015 foi quando Deus me mostrou de forma bem específica o que Ele queria de mim. Eu ainda estava na faculdade, e tinha acabado de voltar de uma viagem missionária da minha igreja. Nesse momento Deus reacendeu aquele amor latente por missões e me deu um sonho um tanto louco: de servi-lo na Ásia!
Desde então tenho orado muito e me preparado para esse desafio. Sou grato por tantas pessoas que Deus colocou para me acompanhar nessa caminhada, pastores, conselheiros e amigos, alguns dos quais já partiram para perto do Pai. Nem sempre é fácil, e as dúvidas surgem a todo momento, mas tenho grande alegria de ver Deus confirmando sua vontade a cada passo.
Uma dessas confirmações veio em 2019, quando tive a oportunidade de visitar algumas equipes de campo em duas regiões da Ásia. Eu já tinha tentado fazer uma viagem dessas no ano anterior, mas não tinha dado certo.
Dessa vez parecia diferente, eu tinha um amigo de ABU (Aliança Bíblica Universitária) que estava planejando tudo junto comigo. Íamos nós dois e mais um grupo de mais de dez pessoas, e tudo ia muito bem, até que começaram as desistências. Uns por causa de dinheiro, outros a liderança da igreja achou melhor ir em outra oportunidade, e até esse meu amigo também não pode mais , um a um e me vi fiquei sozinho na empreitada. Confesso que fiquei muito abalado, mas tive paz de prosseguir com os planos e muito apoio e ajuda dos obreiros que iriam me receber e da minha igreja e amigos, que me ajudaram muito com os recursos que me faltavam! Quando chegou o dia da viagem, era adrenalina pura! Mas nada poderia ter me preparado para tudo o que me aguardava lá, do outro lado do mundo.
O choque cultural começou logo que cheguei no aeroporto da capital do país e ninguém sabia falar inglês pra me ajudar, muito menos português. Mas quando, em cada cidade que visitei, os obreiros me recebiam como se eu já fizesse parte da família, qualquer má impressão logo desaparecia. Pude conhecer realidades culturais muito diferentes, e o amor com que os obreiros demonstravam com as mais diferentes pessoas!
Logo descobri que aquele carinho com que me tratavam não era especial para mim, aquilo era rotina. Cada pessoa com que eles tinham contato, por mais breve que fosse, era marcada por esse tratamento especial e recebia um pouquinho desse amor. Se a oportunidade surgisse, uma história bíblica e uma palavra de conforto logo eram distribuídos de forma natural e espontânea.
Esse estilo de vida “espiritualmente aberto” me marcou demais. É exatamente o que nossos irmãos da igreja primitiva faziam, transmitindo de Jesus em cada gesto e palavra, e é exatamente como devemos viver aqui, desse lado do mundo, também. Mostrando e falando sobre nosso Salvador a todos que ouvirem, nossos amigos, professores, motoristas de Uber ou ônibus. Todos precisam ouvir as boas novas!
Durante a viagem pude conhecer os DXs, uma etnia muçulmana extremamente pobre e carente com cerca de 700.000 pessoas e quase nenhum cristão entre eles que possa testemunhar do amor de Jesus. São um povo rural que mora numa região montanhosa e extremamente seca. Eles têm o pior índice de educação do país: 75% são analfabetos. A pobreza e a falta de estudos leva-os a ter um alto índice de envolvimento com o tráfico de drogas. Assim como outras etnias muçulmanas, eles sofrem com a perseguição por parte do governo e a indiferença da igreja local (de etnia diferente). Mas, muito diferente do que costumamos ouvir na mídia, são um povo extremamente sedento!
Novamente, Deus foi confirmando em meu coração que era ali que ele me queria. E mais! Deus me despertou para o isolamento e necessidade dos povos muçulmanos dali! Eles precisam de pessoas dispostas a ir, ou nunca ouvirão a verdade que tanto anseiam encontrar!
E agora, depois de muito preparo, bíblico, espiritual e na minha profissão, está chegando o momento de voltar para lá! Estou me organizando, divulgando e levantando intercessores e mantenedores para, no segundo semestre de 2021, ir à Ásia Central para me juntar a uma equipe da Frontiers e viver no meio dos DXs, para testemunhar do Salvador!
Estou ansioso para ver o que Deus tem para me ensinar por lá, muito além do aprendizado da língua e da cultura locais, e de ver como Ele pretende nos usar lá, entre aqueles povos!
“Novamente Jesus disse: ‘Paz seja com vocês! Assim como o Pai me enviou, eu os envio’.”
João 20.21
Se você tem interesse em saber mais sobre esse projeto, de como interceder pela equipe, pelo povo DX e por mim, entre em contato! Terei o maior prazer de compartilhar com você mais da minha história e do que Deus tem feito entre os DXs!