Poética
PoemasCom toda certeza a dança expressa sem nenhuma palavra tudo que sinto por você. Somos seres totalmente expressivos, soltos, livres, mais livres que os pássaros que voam no céu. Os pássaros nem sempre sabem para onde olhar, sabe as vezes ou melhor quase sempre, parecem perdidos a procura de comida e abrigo, gostam de lugares quentes, eu queria um lugar aquecido, eu preciso sentir calor e qual é o problema?
As batidas que pulsam em meus impulsos, me fazem rodar sem sair do lugar, me faz sentir o teu respirar, as batidas, as batidas do seu coração fazem o amor percorrer todas as minhas artérias.
Não sinto que os pássaros estão perdidos, eles estão a caminho do norte, do alto, a procura de um lugar quentinho. As curvas que circundam a minha alma, você as conhece por inteiro e a cada batida sinto você chegando, meus pés estão úmidos no chão frio, minhas mãos procuram se aquecer em uma xícara de café, a pelúcia do cobertor por hora estanca o calor o qual quer sair de mim. As páginas finas desse livro enchem a minha imaginação com mais de você.
Tudo bem, eu já entendi que você está vindo e quando a sua mão tocar na minha, quando os meus olhos virem as chamas a qual preenchem suas pupilas, é mais do que uma paixão, não vai ser como nada que já passou, será tudo novo, nem as palavras são capazes de descrever ou expressar porque não existem palavras a qual revelam o que há de vir. É tudo o qual vai chegar para balançar o meu ser, mais do que uma direção para onde ir, você é o lugar para onde eu vou!
Os seus braços vão me aquecer, muito mais que essa xícara de café esquenta meus dedos trêmulos, ansiosos, para sentir a textura de seus cabelos, de sua pele, de sua barba. Nunca ouvi nem vi tal inspiração, e tal amor, o qual consegue fazer com que o seu coração pulse vida nas lacunas do meu ser.
Todos os dias os quais eu achei que você não viria, todos os dias que eu gritei com você, os quais eu não quis teu cuidado e não mergulhei no teu afago, todos esses dias eu era aquele pássaro, buscando um lugar quentinho um abrigo, procurando alimento, eu era aquele pássaro que não voava, o qual não enxergava tudo que você era para mim, contudo agora eu implora e com toda a sinceridade a qual há em mim, te digo, não me deixe ficar sem teus braços, sem teus olhos, sem tua respiração, sem esse fogo o qual vem do seu olhar, intrinsecamente, penetrando o meu ser.
O que eu já provei não chega aos pés do que eu nunca vi, a qual as palavras não são capazes de expressar, é mais do que literatura, muito além de um romance natural, eu sei que você é real, mais verdadeiro que a caneta em minhas mãos e ela dança nesse papel, tentando com seus movimentos demonstrar aquilo que está dentro de mim, você, e as batidas? As batidas pulsam aqui, no meu interior. Vem logo eu preciso segurar a sua mão.